Fechado num quarto dum albergue
fiz as pazes comigo
A cidade morreu
Mas a música natalícia
ainda ecoa no meu cérebro
Tenho que me lavar...
Enfim o silêncio
Estou esplendidamente só
mas lavado
Por um dia
evacuei a sociedade
e nada dei
Não tenho folhas de azevinho
verdes como a filantropia
Apenas cascas de carvalho
que Júpiter me ofereceu
Não posso dar o que recebi
falta-me catolicidade
Nem tenho frutos vermelhos
para oferecer ao menino
Mas tenho vinho...
Da última parreira que encontrei aberta
este jorrará no meu copo
até que a sede - me apeteça
São malhas que o império cristão teceu
não sou eu
É a cidade que está indefesa
Até o alumiar desertou o campo da generosidade
Estou esplendidamente às escuras
e o copo partiu...
ferool
2 comentários:
que momento. gosto muito da forma que escreves. estou transformando-me num fa.
Olá Ricardo, obrigado pelos teus comentáros, espero continuar a surpreender os meus eventuais leitores.
abraços
fernando
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