o amarelo risca o verde
que risca o amarelo
sob a cúpula azul
que hoje não chora
o patriarca vende pão
para pão comprar
cacos velhos expostos à vivissecção da consciência mercantil
exalam as últimas gotas de memória
a miséria sobrepujasse à soberba
na calçada indefinida
a desobediência do cão
altera o ritmo da natureza
é maio
parece vida
a camada de terra arável
transuda mensagens do subsolo
gritos cabralinos mesclados de dor tropical
inserem-se entre o perfume e a carne do fruto
o velho gaveano expõe a pança ao sol
enquanto improváveis barbeiros lhe tonsuram a trunfa
é maio
parece vida
a digestão metaforizada entre o tempo e o espaço da refeição
a erva é doce e verde e o sol é mel sem pão
ferool
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Gostei do poema. Abraço. Eduardo
belo poema,do absurdo da vida
Abraço
Obrigado Eduardo
abraço
fernando
è verdade Pereira, infelizmente temos muito a escrever sobre este tema.
Abraço
fernando
Enviar um comentário