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Instantes de novembro

O céu está baixo
as nuvens dançam um passo doble
o sol tenta abrir uma pálpebra preguiçosa
a língua morna não vence as cortinas de algodão cinzento
tanto aquele está barrento.

Cerro do norte com algum vento
Que bom tempo!... - o mar fala sozinho -
que arreda de mim os barcos cujos
que de marujos, apenas as cotovias
se queixam no fundo do vasilhame

Os meus peixes, que até agora estavam mudos
cantam a tese com as dúbias gaivotas
Não sentem saudades dos poliglotas

A cidade pariu o descanso
na calçada nenhum passo de salários
apenas o zombar dum velho manso

No meu prato, no Snack Mar Bravo
mesmo ao lado daquele. Que é o Golfinho
Sobram espinhas de sardinhas; de Espinho

Antanho Esteve Calado

2 comentários:

marie disse...

Visitei o seu blog e achei-o digno de o distinguir com o selo “Blog Dorado” que me foi enviado por uma amiga.
Passe pelo meu blog (marieh49.blogspot.com) copie o selo e siga as instruções.
Um abraço!

Marina-Emer disse...

Un poema con unos versos muy lindos mucho
Besos
Marina