Leitores

os cabos do tempo

alguns dobram o cabo do tempo
com golpes de mímica secular
colhidos na clareira do lapso

são entidades enciclopédicas
que engelham e afluem
na nesga onde flui o feto do ovo

outros mergulham no olho da tormenta
como a flor do desgosto
morrem na culpa da estação

são sombras anémicas
que golpeiam as veias do ciclo
esgotando o esboço do facto

ferool

3 comentários:

TERE disse...

Com certa dificuldade em interpretar o conteúdo que á 1º vista parece pouco complexo...continuarei. Abraço.

fernando oliveira disse...

Obrigado pela leitura e pela interpretação. O próprio poeta por vezes tem dificuldades em compreender o que escreveu, ou então, existem textos com complexidades que nos fogem à primeira vista.

abraço

fernando

lupuscanissignatus disse...

a espada

do

tempo